Hoje, dia 28 de junho, é celebrado o Dia do Orgulho LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex), data que remete aos acontecimentos de 1969, no bar StoneWall-Inn.

O local funcionava em Nova York como ponto de encontro da comunidade LGBTI, em uma época em que espaços de convivência como esse não eram permitidos. O bar funcionava graças ao pagamento de propina, mas isso não impedia que policiais invadissem o local em batidas, mas um dia os frequentadores resolveram reagir às agressões.

No dia 28 de junho de 1969, trans, drag queens, lésbicas e gays iniciaram o levante que durou duas noites. Não há certeza sobre o que fez com que as pessoas se revoltassem contra a polícia naquele dia, mas segundo histórias, o estopim do confronto foi quando uma lésbica foi agredida pelos policiais e, enquanto era empurrada para dentro do camburão, questionou a multidão que presenciava aquela cena por que ninguém fazia nada. Assim que o policial a colocou, as pessoas responderam sua pergunta, iniciando um levante contra eles.

Para celebrar o Dia do Orgulho LGBTI, preparamos uma lista de filmes clássicos e recentes que nos fazem pensar sobre a temática. O cinema, assim como as artes em geral, tem um papel extremamente importante na expressão daqueles que não conseguem ser ouvidos por uma multidão que insiste no discurso do conservadorismo, não reconhecendo as diversas formas de se viver e amar.


Hoje Eu Quero Voltar Sozinho


Não poderíamos começar a lista com outro filme, não é mesmo? Hoje Eu Quero Voltar Sozinho acompanha a vida de Leonardo (Guilherme Lobo), um adolescente cego, tenta lidar com a mãe super protetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel (Fabio Audi) chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade (ASSISTA AO TRAILER).

Queda Livre


Com uma promissora carreira na polícia e um bebê a caminho, a vida de Marc (Hanno Koffler) parece estar no caminho certo, até o momento em que conhece Kay (Max Riemelt), um colega de quarto do campo de treinamento policial. Em meio aos exercícios de corrida, Marc experimenta uma sensação fácil e sem esforço nunca sentida antes, se apaixonar por um homem. Dividido entre sua família e sua paixão, sua vida sai do seu controle até ele perceber que não pode fazer todos felizes.

Só pelo fato do elenco contar com Max Riemelt, o nosso Wolfgang Bogdanow na série norte-americana Sense8, já é um bom motivo para você largar tudo que está fazendo e conferir esse filme (ASSISTA AO TRAILER).

Transamerica


O filme lançado em 2004 chega para quebrar barreiras, acompanhando Bree Osbourne (Felicity Huffman), uma orgulhosa transexual de Los Angeles, que economiza o quanto pode para fazer a última operação que a transformará definitivamente numa mulher. Um dia ela recebe um telefonema de Toby (Kevin Zegers), um jovem preso em Nova York que está à procura do pai. Bree se dá conta de que ele deve ter sido fruto de um relacionamento seu, quando ainda era homem. Ela, então, vai até Nova York e o tira da prisão. Toby, a princípio, imagina que ela seja uma missionária cristã tentando convertê-lo. Bree não desfaz o mal-entendido, mas o convence a acompanhá-la de volta para Los Angeles (ASSISTA AO TRAILER).

Tomboy


Laure (Zoé Héran) é uma garota de 10 anos, que vive com os pais e a irmã caçula, Jeanne (Malonn Lévana). A família se mudou há pouco tempo e, com isso, não conhece os vizinhos. Um dia Laure resolve ir na rua e conhece Lisa (Jeanne Disson), que a confunde com um menino. Laure, que usa cabelo curto e gosta de vestir roupas masculinas, aceita a confusão e lhe diz que seu nome é Mickaël. A partir de então ela leva uma vida dupla, já que seus pais não sabem de sua falsa identidade. Tomboy é um filme que dispensa comentários. Tem obrigatoriedade de ocupar todas as listas sobre a temática (ASSISTA AO TRAILER).

Freeheld


Uma policial de New Jersey Laurel Hester (Julianne Moore) e a mecânica Stacie Andree (Ellen Page) estão em um relacionamento sério. O mundo delas desmorona quando Laurel é diagnosticada com uma doença terminal. Como sinal de amor, ela quer que Stacie receba os benefícios da pensão da polícia após a sua morte, só que as autoridades se recusam a reconhecer a relação homoafetiva.

Se tem um filme que merecia um Oscar, Freeheld é ele. Julianne Moore tem uma atuação impecável, merecedora da estatueta. Prepare o lenço, pois o filme, baseado em fatos reais, te deixará com um sentimento de indignação por todo sofrimento que um casal homossexual precisa enfrentar para ter seus direitos reconhecidos (ASSISTA AO TRAILER).

A Garota Dinamarquesa


O longa, que rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para Alicia Vikander, é uma cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. O longa enfoca na descoberta da dinamarquesa como mulher e seu o relacionamento amoroso com Gerda (Alicia Vikander). (ASSISTA AO TRAILER)

Carol


A jovem Therese Belivet (Rooney Mara) tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos. Um dia, ela conhece a elegante Carol Aird (Cate Blanchett), uma cliente que busca um presente de Natal para a sua filha. Carol, que está se divorciando de Harge (Kyle Chandler), também não está contente com a sua vida. As duas se aproximam cada vez mais e, quando Harge a impede de passar o Natal com a filha, Carol convida Therese a fazer uma viagem pelos Estados Unidos.

Carol emociona pela atuação impecável Cate Blanchett, que mostra o lado forte e ao mesmo tempo vulnerável de uma mulher que transparece elegância (ASSISTA AO TRAILER).

Tangerine


Assim que sai da prisão, a prostituta transexual Sin-Dee (Kitana Kiki Rodriguez) descobre através de sua melhor amiga (Mya Taylor) que o namorado Chester (James Ransone) está saindo com outra pessoa, uma mulher cisgênero. Sin-Dee decide encontrar os dois e puni-los pela traição.
Um dos fatores que dão destaque a esse filme é que ele foi gravado inteiramente com câmera de celular. O filme de Sean Baker foi eleito a melhor ficção de temática LGBT no Festival do Rio de 2015 (ASSISTA AO TRAILER).