Ontem foi a primeira noite da trigésima edição do Rock in Rio, que ficou marcada por grandes homenagens a um dos maiores festivais de música do mundo.
O primeiro tributo da noite foi à nossa eterna Cássia Eller, que levou ao Palco Sunset grandes nomes da música nacional como, Zélia Duncan, Mart’nália, Arnaldo Antunes, Felipe Catto, Emanuele Araújo, Nando Reis, Xis, Lan Lan, Nação Zumbi, Julia Vargas e Tacy de Campos, protagonista do musical “Cássia Eller”.
O show contou com grandes sucessos que consagraram a cantora, incluindo Malandragem, O Segundo Sol, Gatas Extraordinárias, Vá Morar com o Diabo, mas o grande momento do show foi durante a música Smells Like Teen Spirit, clássico da banda Nirvana. Durante a performance Tacy de Campos, Zélia Duncan, Mart’nália e a percussionista Lan Lan levantaram a camisa, fazendo referência a icônica apresentação de Cássia Eller no Rock in Rio em 2001, em que ela chocou a plateia levantando regata e mostrando os seios durante a execução de Come Together.
O primeiro show do Palco Mundo prestou uma homenagem aos 30 anos do festival, apresentando grandes nomes do rock nacional, interpretando clássicos que marcaram o Rock in Rio.
Ney Matogrosso, primeiro artista a se apresentar no Rock in Rio de 1985, cantou ao lado Frejat, que logo abriu espaço para Erasmo Carlos dividir o palco com o Skank. Outros grandes nomes da música como Ivan Lins, Ivete Sangalo, Paralamas do Sucesso, Dinho Ouro Preto, Andreas Kisser, Jota Quest, Titãs e Evandro Mesquita e sua irreverente Blitz, marcaram presença na homenagem.
Logo depois a banda de rock alternativo The Script, liderada por Danny O’Donoghue (ele já foi técnico do “The Voice” britânico), subiu ao palco esbanjando simpatia, indo diversas vezes ao encontro do público, arriscando algumas palavras em português e usando camisas personalizadas da seleção brasileira. Um dos grandes momentos foi quando o vocalista pegou a câmera de um cinegrafista e saiu filmando público. Danny ainda pediu para o público acender as luzes do celulares, falando que, “Cada um é uma estrela que veio aqui por uma razão diferente. Música, drogas, álcool, amor…” e ele queria criar um momento único que o faria lembrar do festival durante muito tempo.
A terceira atração da noite no Palco Mundo foi o OneRepublic. A apresentação da banda ficou marcada pela tentativa de cativar o público que esperava ansiosamente pela atração principal da noite. O grupo interpretou sucessos que são conhecidos pelo público brasileiro, como Counting Stars, Light It Up e Apologize. A banda ainda aproveitou a oportunidade para fazer dois covers, Seven Nation Army, clássico do White Stripes e Stay With Me do Sam Smith.
Para fechar a noite com chave de ouro, a banda inglesa Queen sobiu ao Pallco Mundo com 30 minutos de atraso, mas quem se importa? Grande parte do público estava lá para apenas para prestigiar o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor no projeto Queen + Adam Lambert.
A apresentação iniciou com grandes clássicos que consagraram a banda. A primeira música a ser executada foi One Vision, seguida por Stone Cold Crazy, Another One Bites The Dust, Fat Bottomed Girls, Lap of The Gods, Seven Seas Of Rhyem Killer Queen, Don’t Stop Me Now, Break Free, Somebody To Love, até chegar ao tão aguardado clássico que marcou a primeira edição do Rock in Rio, Love of My Life.
Durante a execução da música o cantor Adam deixa os vocais por conta do guitarrista Brian May, que pede a todos que cantem para Freddie. Desde a morte do cantor é Brian quem assume os vocais como forma de homenagem a memória de Freddie que morreu em 1991, vítima de broncopneumonia, acarretada pela AIDS.
Sem dar muito tempo para o público recuperar o folego, o grupo apresentou outros hits da carreira da banda, como, It’s Kink of Magic, Under Pressure e Save Me.
A banda ainda abriu espaço para Adam apresentar seu mais recente single Ghost Town, que faz parte do terceiro álbum de sua carreira, The Original High. Difícil imaginar a emoção do moço ao apresentar sua música para milhares de pessoas ao lado desses grandes monstros do rock!
Outro grande momento foi durante Bohemian Rhapsody, em que Adam inicia cantando, mas logo abre espaço para que a versão original da música seja executada. Enquanto ouvíamos a inesquecível voz de Freddie, imagens do cantor eram exibidas no telão.
Depois dessa apresentação a banda deixou o palco por alguns instantes para preparar o grande final e deixar o público respirar um pouco, depois de um repertório cheio de hits, mas a pausa não dura muito e logo Adam sobe ao palco usando um terno todo trabalhado na estampa de onça e com uma coroa de brilhantes, para apresentar as músicas que encerariam a primeira noite do festival.
Os músicos executaram com perfeição os clássicos, We Will Rock You (quem nunca batucou essa música na classe da escola?) e logo após We Are The Champions, levando o público ao delírio e formando um coral com aproximadamente 85 mil pessoas, mostrando que o rock está mais vivo do que nunca!
E se alguém ainda tinha dúvida que Adam Lambert teria capacidade de assumir os vocais da banda nesse tributo, ficou claro de que ele pode sim! O cantor mostrou estar bem a vontade com a banda, surpreendendo com sua técnica vocal e com sua presença de palco, contagiando cada pessoa que esteve presente no festival ou assistindo em casa.
Que venha o segundo dia do festival que terá como atração principal grandes nomes do metal internacional Mötley Crüe e Metallica.
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