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Sem dúvida muitos estão ansiosos para assistir ao drama Se Eu Ficar. Além de ser baseado em um Best-seller de Gayle Forman, o filme é protagonizado por uma das estrelas do momento Chloë Grace Moretz. Infelizmente não li o livro, então talvez minhas percepções não sejam as mesmas dos fãs literários.

Na trama temos Mia (Moretz) que é um jovem violoncelista de 17 anos. Ela está ansiosa com uma carta que irá traçar o seu futuro em uma das mais importantes escolas de música e também suspira intensamente por seu primeiro amor – o roqueiro indie popular Adam (Jamie Blackley). Em uma manhã de muita neve Mia vai fazer um passeio com seus pais e seu irmão caçula, mas o que parecia ser mais um dia normal em família toma um rumo inesperado com um acidente de carro. Tudo que Mia esperava do futuro de repente não parece fazer mais sentido e ela acaba ficando numa espécie de “limbo” onde tem que decidir entre lutar por sua vida ou partir. Andando pelos corredores do hospital, em busca de informações sobre as pessoas que ama, Mia começa a lembrar-se de sua vida. Entre as recordações, a personagem guarda os momentos ao lado de sua família e outros com sua melhor amiga e de Adam.

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Alguns podem ler a sinopse e lembrar-se de filmes como E Se fosse verdade ou O Invisível e a premissa é essa mesma. Nas mãos do diretor de documentários R.J. Cutler, que também dirigiu alguns episódios da série dramática Nashville, o filme tenta imergir o espectador na vida de Mia, e em algumas cenas ele executa isso com perfeição, mas de uma forma geral ele não consegue trazer a tona total empatia – por mais triste que seja a situação em que a personagem se coloca.Já Chloë Grace Moretz demonstra ter atingido sua maturidade como atriz, principalmente em suas cenas tocando violoncelo, onde ela e o instrumento têm total harmonia, diria até que uma química. O elenco de apoio também se sai muito bem, principalmente Stacy Keach (no filme vive o avô de Mia) que junto com Chloë protagoniza uma das cenas mais bonitas do filme.

Talvez o que falte para Se eu ficar agradar 100% seja fugir um pouco de alguns clichês típicos bem como fantasiar de uma forma bela uma coisa que não é tão bonita: a morte. Mas o filme se sai bem em vários pontos, como o romance entre Adam e Mia, as lembranças da vida em família, e a conexão da jovem com a sua música, e de uma forma geral o filme acaba cativando e arrancando algumas lagrimas e suspiros.