Logo após o painel na tarde deste domingo (6), na Comic Con Experience, a Netflix realizou uma pré-estreia, para todo o público, do seu mais novo longa, “The Ridiculous 6“, que será lançado no próximo dia 11, com roteiro de Adam Sandler e direção de Frank Coraci (“Click”).

O filme começa mostrando o índio Faca Branca (Tommy), interpretado por Sandler, dando uma surra na gangue do faroeste Olhos Esquerdos com suas habilidades fantásticas. Ele, que é órfão e criado por indígenas desde que sua mãe faleceu, descobre que seu pai, Frank Stockburn, famoso por ser ladrão, ainda está vivo quando o mesmo o faz uma visita para informar que está com tuberculose. Porém, durante a sua aparição, a antiga gangue a qual fazia parte cobra os US$50 mil que Frank havia roubado, sequestrando-o. Para salvar a vida do seu pai, Tommy precisa arranjar uma maneira de conseguir esta quantia e, durante a sua jornada, descobre que tem outros cinco irmãos. Juntos, tornam-se uma espécie de justiceiros e roubam dinheiro apenas das pessoas de má índole.

De acordo com Taylor Lautner (“Crepúsculo”), seu personagem, Pete, “é um fofo” e fica animado quando descobre que possui outra família. Já Terry Crews (“As Branquelas”) classifica Chico como “um tocador de piano que trabalha sem as mãos nem os pés” e Jorge Garcia (“Lost”) informou que Herman é o que tem mais cabelo, menos dentes e não fala inglês.

Mesmo sendo um filme original da Netflix (conhecida por seus trabalhos de alta qualidade), “The Ridiculous 6” deixou muito a desejar, já que a expectativa estava alta por conta dos nomes de peso em seu elenco e participações especiais, como o cantor country Blake Shelton. A culpa, porém, não é dos atores, que fizeram um ótimo trabalho com cada um dos personagens. O destaque fica por conta de Taylor Lautner, que saiu do papel de galã de filmes pré-adolescentes para se transformar em um, literalmente, bobão.

Embora o filme seja uma comédia e claramente um besteirol, muitas cenas se demonstraram forçadas e apelativas demais, com diversas piadas nojentas envolvendo cocô, por exemplo, diferente de outros filmes do mesmo gênero, como “Machete”. Havia cenas que deveriam ser engraçadas mas eram previsíveis demais, não resultando na risada do público.

Mesmo com a produtora de streaming informando que a trama já tem “Ridículo” no nome, nota-se que Sandler se perdeu um pouco na criação dos seus filmes. A história dos personagens não é bem trabalhada, com o longa mais voltado para a busca do dinheiro e o encontro dos irmãos. Seria um ótimo filme para passar na “Sessão da Tarde” de tão bobo, porém, por conter piadas impróprias (as mais engraçadas trama, por sinal), parece que erraram na mão ao escolher o público-alvo, já que o conteúdo é para crianças mas a linguagem é obscena demais às vezes.

Se você é realmente fã dos atores, vale a pena dar uma conferida. Se quiser uma comédia para rir até não aguentar mais, escolha outro filme.