Imagem-destaqueRecentemente, anunciamos aqui no Pizza de Ontem a estreia do documentário sobre a história da cantora brasileira Cassia Eller. Tendo em vista que as biografias musicais estão em alta e em “fevereiro tem carnaval” – trazendo consigo a brasilidade nos blocos de rua – nossa equipe resolveu selecionar para você alguns dos oito filmes que mais gostamos que contam a história de músicos brasileiros. Confira e saiba um pouco mais sobre a cultura musical do Brasil!

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2 Filhos de Francisco” conta a história de Zezé di Camargo e Luciano, dupla mais que reconhecida no estilo sertanejo. Você pode até não ouvir no seu iTunes, mas aposto que se tocar “É o Amor”, você saberá cantar a música inteira! O longa é sobre Francisco Camargo, interpretado por Ângelo Antônio (“Amor?”), um lavrador do interior de Goiás que tem um sonho aparentemente impossível: transformar dois de seus nove filhos em uma dupla sertaneja. Ele inicialmente depositou sua esperança no mais velho, Mirosmar, e resolve lhe dar um acordeão quando completa 11 anos. Mirosmar e seu irmão, Emival, que já tocava violão, se apresentam com sucesso nas festas da vila onde moram, mas devido a perda da propriedade onde moravam nos anos 70, toda a família é obrigada a se mudar para Goiânia. Para conseguir dinheiro e ajudar em casa, os irmãos começam a tocar na rodoviária local, onde conhecem Miranda.

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“Vida louca, vida… Vida Breve! Já que eu não posso te levar, quero que você me leve!”. Os versos cantados por Cazuza em “Vida Louca” já refletia o que como era a sua história na companhia dos amigos de banda do Barão Vermelho. Estrelado por Daniel de Oliveira (“O Rebu”), o filme trata do início da carreira do cantor, compositor e poeta, em 1981, até a sua morte, em 1990, aos 32, por conta da Aids.

O sucesso com o Barão Vermelho, a carreia solo, as músicas sobre os anseios de uma geração, o comportamento transgressor, sua relação com a sua mãe, e a coragem de continuar a carreira, criando e se apresentando – mesmo debilitado pela Aids – são alguns tópicos abordados no filme. O longa ainda conta com Débora Falabella (“Avenida Brasil”), Dudu Azevedo (“Qualquer Gato Vira-Lata”), Leandra Leal (“Império”), Maria Flor (“Do Amor”) e Marieta Severo (“A Grande Família”) no elenco.

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O extraordinário universo da música de Antonio Carlos Jobim não cabe em palavras, nem mesmo cantadas em “Garota de Ipanema”. Foi com essa ideia em mente e a sensibilidade aguçada que o diretor Nelson Pereira dos Santos, ao lado de Dora Jobim, se dispôs a encarar o desafio de desvendar em filme a trajetória musical do grande compositor brasileiro, autor de uma obra eterna, de alcance internacional. Escolheram o caminho sensorial da imagem e do som para exibir o trabalho do músico considerado, ao lado de Heitor Villa-Lobos, um dos maiores expoentes de todos os tempos da música brasileira.

Uma copilação de videos e fotografias do mestre da música popular brasileira. O documentário não apresenta os tradicionais depoimentos emocionais, mas números musicais que representam um dos maiores músicos brasileiros.

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Conhecidos como Luiz Gonzaga “Gonzagão” e “Gonzaguinha”, um do sertão nordestino e o outro carioca do Morro de São Paulo. Um de direita, o outro de esquerda. Pai e filho. Reis do baião. Encontros, desencontros e uma trilha sonora que emocionou o Brasil.

Luiz Gonzaga foi um homem muito trabalhador, que sempre correu atrás do seu melhor até conseguir. Gonzaguinha, com o sangue e a garra de seu pai, não esperou que as coisas acontecessem pelo fato de ter um pai famoso, e correu atrás daquilo que almejava.Esta é a história de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, com uma relação conturbada, e de um amor que venceu o medo e o preconceito e resistiu à distância e ao esquecimento. Quem nunca dançou “Asa Branca”, “Eu Só Quero um Xodó” e “Xote das Meninas” em festas juninas?

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O documentário retrata as diversas facetas de Raul Seixas – o talentoso menino, o compositor poeta, o maluco beleza, o marido, o pai, o ídolo-, e suas parcerias com Paulo Coelho, seus casamentos, a fase de sucesso e principalmente tenta desvendar a enorme comunicação que suas músicas estabelecem e a legião de fãs que ele mobilizava e continua mobilizando agora, 20 anos depois de sua morte. O documentário, que levou seis anos para ser realizado, foge da imagem que muitos têm do músico – a de bêbado e drogado – e mostra aos milhares de fãs, através de depoimentos de pessoas ligadas à vida dele, um lado sobre a sua história que ninguém sabia, contando desde a sua infância.

Raul Seixas morreu jovem porque viveu intensamente. Rock’n roll, amor livre, Sociedade Alternativa, drogas, magia negra, ditadura militar, mulheres e filhas. Um homem que queria viver da sua obra e morreu por ela. O início, o fim e o meio se confundem, porque a história ainda não acabou.

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A “Geração Coca-Cola” continua até hoje. Pelo menos, foi este o legado que a incrível Legião Urbana trouxe para o mercado musical brasileiro. Na trama “Somos Tão Jovens”, o jovem Renato Russo não tem tempo a perder: sonha ser um astro do rock. Mas ainda é cedo.

Ele precisa estudar, dar aulas de inglês, tranquilizar os pais, curtir a turma, curar dores de amor e, principalmente, arrumar quem toque na sua banda. Do Aborto Elétrico à Legião Urbana, “Somos Tão Jovens” apresenta os primeiros acordes do mito Renato Russo e da turma do Rock Brasília, criadores de sucessos como “Que País é Este”, “Geração Coca-Cola”, “Eduardo e Mônica” e muitas outras músicas que marcam e transformam fãs geração após geração.

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A obra de Tim Maia já foi imortalizada em forma de um livro escrito por Nelson Motta, em um espetáculo estrelado por Tiago Abravanel e, no ano passado, ganhou um filme, nomeado “Tim Maia – Não Há Nada Igual“.

A vida e a arte de Sebastião Rodrigues Maia, mais conhecido como Tim Maia, músico de criatividade avassaladora e temperamento explosivo que transformou a música brasileira com doses irresistíveis de funk e soul. O filme recria sua trajetória desde a adolescência na Tijuca, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, onde começou a carreira ao lado de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, passando por sua temporada em Nova York, onde tomou contato com a música e o movimento negro, até sua explosão, com dezenas de “hits” que o tornaram um dos artistas mais populares e queridos do Brasil. O filme conta com Babu Santana (“Cidade de Deus”), Robson Nunes (“Caixa Dois”), Alinne Morais (“O Homem do Futuro”) e Cauã Reymond (“O Caçador”) no elenco.

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Quem sabe Cássia ainda não é uma garotinha esperando o ônibus da escola sozinha? Cássia Rejane Eller. Cássia Eller. Cássia. Uma poderosa força inquieta no palco, a timidez em pessoa fora dele. Um dos grandes nomes da música brasileira, Cássia Eller marcou a década de 1990 e chocou o país com sua morte precoce, em 2001. Um filme sobre a cantora, a mãe, a mulher que expôs sua vida pessoal e rompeu barreiras, deixando um belo legado social e artístico. O longa estará repleto de fotos, vídeos raros e entrevista com outros grandes nomes da música como Oswaldo Montenegro, Zélia Duncan e Nado Reis.

E para você? Qual deve ser a próxima biografia da música brasileira a ser lançada?