Forçassão de barra. Se você já quer parar de ler pode ficar apenas com essa definição do filme “Abraham Lincoln – O Caçador de Vampiros”, pois tentar estabelecer uma ligação entre o republicano presidente americano e universo de brilhos e dentes afiados de Edward Cullen não pode ser definido de outra forma. No entanto, mesmo com boa vontade em aceitar tal fato, o filme, dirigido pelo Cazaquistanês (será que é assim q fala quem nasce no Casaquistão?)  Timur Bekmambetov, deixa a desejar.

A história começa com Lincoln (Benjamin Walker), ainda criança, assistindo a morte de sua mãe, Nancy Lincoln (Robin McLeavy), pelas mãos de uma criatura sobre humana  o que faz com que cresça dentro de si uma natural sede de vingança, sem contudo obter sucesso em suas investidas contra o vilão. Apenas quando Henry Sturgess (Dominic Cooper), um já experiente caçador de vampiros, o convence a treinar e canalizar sua dor para salvar o mundo da raça demoníaca, é que Lincoln desenvolve em si a arte de assassinar os dentuços, das formas mais variadas possíveis, sempre com seu inseparável machado. Paralelamente a isso são intercalados fatos e pessoas da vida real do presidente americano, como sua entronização na politica, bem como sua esposa Mary Todd Lincoln (Mary Elizabeth Winstead) e seu grande amigo Joshua Speed (Jimmi Simpson).

A partir dai o filme se desenrola, se tornando levemente repetitivo e apesar de algumas boas cenas de ação, o fato de o filme ter sido tachado de suspense se torna risível quando nem mesmo os manjados efeitos sonoros obtêm êxito.

O maior erro do longa contudo está em não enxergar o potencial romântico da bela história do casal, digna de conto de fadas. O fato de uma dama da sociedade, já comprometida, se apaixonar por um pé rapado de má aparência, passa quase sem nenhuma explicação ou ênfase no assunto, que caso bem balanceado poderia acrescentar um maior interesse à história.

Em suma alguém decidiu que focar em uma guerra entre humanos e vampiros e não na belíssima história do Jovem sonhador, que chegou a presidente e declarou uma guerra civil para abolir a escravidão, era mais rentável.  Depois de uma escolha tão desastrosa como essa, nem mesmo um elenco de primeira, trilha sonora e efeitos visuais impecáveis salvariam o filme, e cá entre nós, não é o caso. Em todos os setores o “Abraham Lincoln – O Caçador de Vampiros” é no máximo mediano. Pode entreter se você começar a ver na tv – e pode ir ao banheiro e reabastecer o refrigerante que não vai perder grande coisa  –  mas não vale à pena ir atrás de assistir.