Sempre que a Pixar anuncia um filme, nós já começamos a nos preparar emocionalmente para as belíssimas histórias. Com “O Bom Dinossauro“, o mais novo lançamento do estúdio, não foi diferente. A animação emociona, nos diverte, e principalmente, deixa uma belíssima mensagem no fim, como todos os lançamentos anteriores.

scot the good dinosaurO longa foi exibido com exclusividade nesse terceiro dia de Comic Con Experience (5/12/2015) e nós tivemos a oportunidade de assistir esse grande trabalho dirigido pelo incrível Peter Sohn, responsável por “Ratatouille“, “Os Incríveis“, entre outros.

Você já tentou imaginar como estaria o mundo hoje se o meteoro que matou os dinossauros há milhões de anos não tivesse atingido a terra? “O Bom Dinossauro” começa deixando essa pergunta em nossa cabeça. Tudo isso para apresentar uma amizade mais que verdadeira.

A animação acompanha a amizade entre um apatossauro chamado Arlo (Raymond Ochoa) e um garotinho selvagem chamado Scot (Jack Bright), que se comporta como um cachorro, invertendo o papel com o dinossauro. Arlo, com apenas 11 anos, é um dinossauro frustrado que travado pelo medo não consegue alcançar objetivos e tarefas propostas pelos seus pais.

Às vezes você tem que ir além do medo para ver a beleza que há do outro lado”, diz o pai.

Ao cuidar de uma armadilha para resgatar o misterioso ladrão que anda roubando os alimentos da família, ele descobre que Scott está envolvido nisso. A partir daí que tudo começa. Em meio a um cenário belíssimo bem focado na natureza, que para o diretor também é uma personagem principal, os dois novos amigos começam uma verdadeira relação de amizade, onde um ajuda o outro e aprende através de suas necessidades.

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Desde pequeno, o diretor Peter Sohn é fascinado por animações, principalmente da Disney. Seus pais eram Sul-Coreanos e foram morar em Nova York com ele nos anos 70. A partir daí, sempre que possível, a mãe o levava ao cinema, mas sempre precisava da tradução do filho para entender o que estava acontecendo, pois apenas ele falava inglês. Ele conta que Dumbo foi um desenho muito importante na decisão de sua carreira, pois percebia que sua mãe se emocionava com várias cenas do filme sem nem precisar de uma tradução. Dali pra frente seu sonho de fazer um filme emocionante só cresceu.

Assistindo “O Bom Dinossauro“, você percebe nitidamente vários referências à filmes do grande Walt Disney: “Mogli – O Menino Lobo” e principalmente “O Rei Leão“, o que o deixa com uma boa sensação de nostalgia, nos fazendo recordar de pequenos detalhes que ficaram marcados em nossas mentes anos atrás.

A confusão toda da Pixar para lançar “O Bom Dinossauro” por conta do roteiro não aprovado no início da produção valeu muito a pena. Anteriormente a data original de estreia era novembro de 2013, depois adiaram para maio do ano passado, e por fim, novembro desse ano (nos Estados Unidos). O motivo: reformularam todo o roteiro que não estava agradando.

Resumindo, “O Bom Dinossauro” nos mostra uma relação de seres bem distintos que acabam se unindo através de suas necessidades, e um amadurecimento de um dinossaurinho que sempre achou que não era capaz, mas graças a uma pessoa em quem ele demorou para confiar, conseguiu amadurecer e ver a vida por outro ângulo, sendo um exemplo de superação de vida para si mesmo.