Hoje, 18 de setembro, é o lançamento oficial do álbum da Lana Del Rey, “Honeymoon”. O álbum anunciado no ano passado vazou antes do previsto, graças a um evento em Los Angeles, no qual alguns fãs puderam ouvir. Nós, claro, não perdemos tempo e ouvimos tudo. Confira o que achamos faixa a faixa do álbum!
- Honeymoon
A primeira música do álbum carrega o estilo Ultraviolence. A melancolia está presente do início ao fim e como já era de se esperar, fala sobre o desejo de pertencer aquele homem mesmo ele tendo tantos defeitos. Durante a música, muitas frases são repetidas e isso faz com que a letra pareça mais um poema. Se prestarmos atenção só na melodia, separando-a da voz, notamos que ela se encaixaria perfeitamente em um filme noir onde a solidão é o ponto principal. - Music to Watch Boys to
A segunda faixa tem um toque diferente da primeira e ao mesmo tempo que leva o estilo melancólico que ninguém faz melhor do que a própria Lana Del Rey , ela tem um toque que lembra um pouco o Born To Die. A música foi inspirada na clássica “Music to Watch Girls By” de Andy Williams, lançada em 1967, mas a letra e a melodia não tem praticamente nada a ver com a de Lana. - Terrence Loves You
Na terceira música do álbum, Lana está sofrendo por ser apaixonada por um músico, porém, apesar de lamentar a perda, não implora pelo amor dele. O ritmo consegue ser mais “triste” que a segunda faixa, deixado a marca registrada da cantora. - God Knows I Tried
Essa foi, sem dúvidas, a música mais esperada pelos fãs, justamente por causa do título. O início da música lembra o Born To Die e ao mesmo tempo a trilha sonora de um filme noir. Não existem dúvidas que a música é bastante auto biográfica. Na letra, Lana fala sobre as tristezas e as alegrias que vieram junto com a fama que ela tanto quis, repetindo que só Deus sabe o quão ela lutou para chegar onde está hoje. - High By The Beach
A primeira música do Honeymoon que ganhou um clipe chegou para falar sobre o que a Lana sempre tentou esconder, que é o seu desejo de ter privacidade. Quem é fã a muito tempo e acompanha ela sabe que ela nunca foi de evitar fotógrafos e nunca evitou fãs, mas para abrir o álbum com chave de ouro, ela fez um álbum falando que tudo que quer, literalmente, é ficar chapada na praia. - Freak
A sexta música do álbum tem a letra bem elaborada e leva o estilo de melodia que fez a Lana ser tão amada: início melancólico, meio agitado e no fim, sussurros. Junto com o violino, no refrão, ouvimos toques de hip hop. A letra fala sobre ser livre com a pessoa que você ama e sobre o quão Lana é apaixonada pela califórnia. - Art Deco
Acho que essa é uma das músicas que a letra mais comprova que Lana não está totalmente fora dos seus padrões de discos. O poder, glamour e a liberdade ficam estampados enquanto ela canta e sobre a melodia, não tem como não perceber novamente a semelhança com a música “Born to die” quando ela canta “Why?”. Lana conseguiu sair da mesmisse da rima e fazer uma letra que combina perfeitamente, mesmo sem ter palavras semelhantes em todo final de verso. - Burnt Norton (Interlude)
Nesse interlúdio, Lana cita um poema, que fala sobre o passado, o futuro e, ao mesmo tempo, em como as coisas deveriam ter sido. Fala sobre um amor que foi desperdiçado, que deveria ter sido vivido mas não foi. O poema é de T.S Eliot e ele escreveu se inspirando em um lugar que visitou chamado Cotswolds. - Religion
Lana e sua necessidade de pertencer dominam essa música. Se você tentar pensar no estilo das letras, já sabe que ela refere a seu amante como a sua “religião”. Na letra, ela afirma: “Nunca foi por causa do dinheiro ou das drogas/Por você só há amor.” - Salvatore
A décima música do álbum tem uma pegada de jazz, o refrão é repleto de “la la da da’s” e “Ah ah ah ah’s”. Nessa música temos a impressão de que Lana juntou tudo que ela gostava e fez uma letra, como “Sorvete de casquinha”, “Rap”, “Jazz” e “rubi”. A melodia não tem tantos cortes igual as outras, ela permanece no mesmo tom praticamente na música toda.
- The Blackest Day
Nessa música Lana levou a sério o título. Talvez essa seja uma das letras mais pesadas do álbum. Ao lê-la, você tenta imaginar Lana escrevendo-a. A melodia é melancólica como sempre para combinar. - 24
A música começa só com a voz e aos poucos a melodia começa. Lembra muito as músicas do Ultraviolence e músicas antigas. Na letra, Lana é irônica e cínica de propósito, dizendo: “Há apenas 24 horas e isso não é o suficiente/Para mentir como você mente/Ou amar como você ama”. - Swan Song
Na penúltima música do álbum, Lana diz que tudo que ela precisa é a pessoa que ela ama. Na letra ela diz que nunca cantará novamente (nem brinca) e ao mesmo tempo, fala sobre liberdade. A melodia leva o estilo “padrão” que ela tanto gosta, que são os instrumentos clássicos na maior parte e o refrão alto. - Don’t Let Me Be Misunderstood
Uma das coisas mais marcantes na última música do álbum são os instrumentos usados. Ela é um cover da cantora Nina Simone e a única coisa que muda é que Lana acrescenta um pouco mais de tristeza, não só pela melodia, mas pela maneira de cantar também. Na letra, tudo que ela quer é que ela não seja má interpretada.
Para finalizar, a única coisa que incomoda um pouco no álbum são os milhões de efeitos sob a voz da Lana em algumas músicas. Quando ouvimos uma música onde a voz está mais limpa notamos a diferença instantaneamente. Pelo menos ela atendeu o apelo da maioria dos fãs e fez um álbum mais parecido com os seus primeiros lançamentos. Que venha mais Honeymoon’s por aí!
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