Elenco e autores de “Tá no ar: a TV na TV” receberam a imprensa nos Estúdios Globo para apresentar a 6ª e última temporada do programa. O Pizza de Ontem apurou as novidades e ainda conversou com a equipe sobre a escolha de terminar no auge!
Marcius Melhem, uma das mentes criativas por trás de Tá no Ar, recebeu a imprensa no estúdio enquanto gravava uma cena em que usava figurino de padre. Com um cenário misturando imagens de santos e ilustrações de diversos produtos, o texto passeou entre religião e capitalismo para apresentar produtos do “Poligod”. Brincadeiras como uma em que o personagem ofertava um “sabonete anticético” (união de ceticismo e sabonete antisséptico) mostraram um roteiro ágil, já característico do programa.
No intervalo das gravações, encontramos Melhem em um dos camarins do projac. Ele, que criou o Tá no Ar junto com Marcelo Adnet e Mauricio Farias, comentou a escolha de terminar no auge: “Chega uma hora que o programa tem que acabar. Lá atrás o Tá no Ar surgiu como uma novidade muito grande, acompanhando as loucuras do país e da TV. E a gente poderia fazer do mesmo jeito por mais uns 10 anos. Mas nós somos inquietos, queremos fazer outras coisas. Se não tiramos do ar uma coisa que está resolvida, a máquina não começa a girar. E a TV Globo tem que começar a girar em função da próxima ideia- e a próxima ideia é muito boa”, opina o artista.
Adiantando novidades da 6ª temporada, Melhem revelou que Thiago Lacerda, Fernanda Paes Leme, Gabriel Leone, Karol Conka, Pedro Bial e Fransisco Cuoco são alguns nomes que já gravaram suas participações.
Sobre o processo de criação esbarrar em pontos delicados, ele revelou: “Se queremos ir mais fundo em uma questão a gente avalia riscos. Às vezes rolam grandes reuniões envolvendo pesquisa de imagem, o jurídico e os autores, a partir disso a gente avalia quais podem ser as contestações e qual seria a defesa”. Deixando ainda mais claro que os pontos delicados não bloqueiam cenas no Tá no Ar, Melhem completou: “se a gente quer (aquele tema), a gente faz reunião e se esforça até conseguir fazer”.
Ainda tratando de temas delicados, o artista se posicionou: “para muitas categorias o nosso país é muito difícil de viver e eu acho que a função do humor é melhorar a vida para essas pessoas. É não dar ‘porrada’ em quem já leva ‘porrada’. É não ajudar a perpetuar machismo, misoginia, racismo, homofobia… A equipe do Tá no Ar é muito vigilante. E sobre aquela coisa de ‘vale tudo por uma piada’, tem risadas que não me interessam. As pessoas que estão no projeto preferem buscar outro caminho”.
Já comentando as mudanças que a internet estimula na televisão, Melhem defendeu que os dois lados devem “jogar juntos”. Ele citou o “Choque de Cultura”, que fez sucesso no youtube e agora também está na Globo, como um exemplo. “Muita gente acha que a TV Globo suga as pessoas, mas todo o nosso acordo com o Choque é que ele continua existindo lá fora, eles não tiveram que parar de fazer nada que fazem (na internet). Aqui é mais uma janela (para eles mostrarem o trabalho)”, opinou o artista.
Marcius Melhem vive um momento especial na carreira. Recentemente, ele assumiu a diretoria de humor da TV Globo (Glória Perez trabalha com as séries, enquanto Silvio de Abreu lidera a dramaturgia e orquestra todos os lados). Melhem recebe os textos de humor e analisa se eles têm espaço na grade. “É um lugar de muita responsabilidade, mas, ao mesmo tempo, é muito bom saber que o humor faz parte do futuro da empresa. A ideia é procurar ser o mais generoso e sincero possível com os projetos que chegam”, comenta o artista sobre a nova função. E completa: “Nesse lugar que eu estou a minha opinião tem um peso para a TV Globo, mas eu sempre deixo claro que é só a minha opinião. Até porque, quando eu quis fazer o Tá no Ar eu também escutei que não ia dar certo. Então eu sempre penso que eu posso estar errado”, comenta o artista.
Apesar do cargo de destaque, ele não quer abandonar o caminho que o levou até ali: “Uma das condições de eu assumir esse lugar é não deixar de ser um criador, um autor e ator. Eu não quero ir pra trás da mesa e ficar dizendo sim ou não, eu quero criar junto”. Dois programas que já estão no ar, “Escolinha” e “Shippados”, agora se tornaram responsabilidade de Melhem, enquanto novos projetos estão em andamento. Uma das novidades envolve a mesma equipe de Tá no Ar: “ainda estamos decidindo o formato, e vamos apresentar para a empresa no início do ano que vem. A redação desse projeto novo mantem a redação do Tá no Ar e ainda coloca mais gente pra criar, porque é um projeto maior do que o Tá no Ar- tanto em relação aos minutos quanto em encrenca”, finaliza Melhem.
A gente também bateu um papo com Marcelo Adnet. Pra começar, Adnet confidenciou que, junto com o Tá no Ar, a criação que ele mais tem orgulho é o “15 Minutos” (programa exibido pela MTV entre 2008 e 2010).
Sobre a 6ª temporada do Tá no Ar, programa em que ele assina parte do roteiro e ainda atua, Adnet comentou que “evita o clima de despedida a todo custo” e completou: “é um projeto que toma muito tempo, porque a gente escreve durante cinco ou seis meses e grava durante três meses e meio. Então não sobra muito tempo no ano. Eu amo o processo e a equipe, mas já são anos de dedicação. O Tá no Ar tá muito bem, e a gente vai ser dar o luxo de terminar em um momento legal e de deixar um legado”.
Questionado sobre os seus personagens favoritos ao longo de todas as temporadas, Adnet destacou: Militante, Índio Obirajara Dominique e Jorge Bevilacqua – personagens que também estarão na última temporada e que vão intercalar com outros que serão novidade.
Também a respeito da última temporada de Tá no Ar, Adnet adiantou: “A gente tem sempre um episódio final temático e estamos fechando o dessa temporada”. Ainda sobre o último episódio, ele comentou que os telespectadores podem esperar uma ideia de enterro.
Falando das novidades sem deixar de celebrar a trajetória do Tá no Ar, Adnet comemorou: “Eu acho que o programa trouxe uma autocrítica, uma forma de brincar consigo mesmo, com a emissora, e com as teorias da conspiração. E acho que tem um legado da linguagem. Acredito que o Tá no Ar mudou alguma coisa porque eu vejo pessoas renomadas da dramaturgia querendo participar. Um dos maiores exemplos disso está na memória do (Antônio) Fagundes de collant fazendo coreografia do grupo Menudo. É um absurdo maravilhoso! E foram mais de 100 participações”.
A admiração dos colegas de trabalho não é exceção, já que recentemente o programa foi reconhecido com indicação ao Emmy Internacional. Adnet relembrou os dias em que estavam em NYC durante um evento da premiação. Segundo ele, os gringos o surpreenderam e reagiram muito bem ao assistir clipe com cenas do Tá no Ar. “(o Emmy) é mais um motivo de orgulho que o programa deixa”, comemorou o artista.
Sobre os seus próximos projetos, o Adnet mostrou conexão com o novo cargo de Marcius Melhem na TV Globo: “nesse momento aconteceu um movimento importante do Marcius assumir a pasta de humor da emissora e eu acho que isso proporciona uma nova dinâmica para os projetos. Acredito que nós vamos construir coisas novas e eu vou participar atuando e dando ideias”.
Sobre o sucesso que fez no período eleitoral, através de vídeos em que ele imitava os presidenciáveis, o artista comentou: “Junto com a agressão vem o reconhecimento também”. Da 6ª temporada de Tá no Ar a gente pode esperar um texto que vai continuar abordando política e outros temas espinhosos.
Dono do bordão mais conhecido de Tá no Ar, Welder Rodrigues vai continuar falando “foca em mim” na 6ª temporada do programa. Sobre o sucesso do personagem, o ator comentou: “A ideia do Jardim Urgente não era ser um quadro fixo do programa, mas o Marcius (Melhem) viu e falou ‘escreve logo umas vinte cenas’. Eu ainda me divirto fazendo. Hoje mesmo eu gravei um clipe imenso e muito engraçado. Adoro brincar com o exagero da imprensa, que às vezes fala de uma notícia a tarde inteira e tira leite de pedra pra manter o ibope. Esse exagero fica ainda mais engraçado quando você coloca isso no universo das crianças”.
Sobre fim do Tá no Ar, Welder defendeu: “falar de TV é falar de um tema infinito. Mas foi um consenso terminar o programa de uma forma legal e pra cima, sem deixar de ser uma atração que sempre tem coisas relevantes pra dizer”. Ainda destacando a conclusão do ciclo, ele pontuou: “Todo último programa de Tá no Ar tem um tema, e o tema dessa última temporada é o Fim”.
O ator adiantou os seus planos para depois do Tá no Ar: “Eu acho que tem uns três ou quatro projetos (ainda sem nome) com a mesma equipe de Tá no Ar”. Além dos projetos na TV, Welder continua semanalmente no teatro com o “Melhores do Mundo”. Inclusive, o teatro é a grande paixão do ator e foi preciso um programa como o “Tá no Ar” para convencê-lo a voltar para a televisão. Ele explica que o fato de o texto saber brincar com a própria Rede Globo foi um grande atrativo: “Eu voltei pra TV por causa disso. A minha praia é o teatro. O que me fez voltar foi ter a oportunidade de fazer um humor parecido com o que eu faço no ‘Melhores do Mundo’, e isso está tanto no Tá no Ar quanto no Zorra”.
Antes de ter grande destaque na TV, Welder viveu momentos que alteraram a forma dele fazer humor e, principalmente, enxergar a vida: “Eu tive alguns problemas de saúde, um tumor no fêmur. Isso fez eu querer priorizar o meu filho e o teatro. Agora eu vejo tudo de forma mais suave. Um dia eu estava numa cama do (Hospital) Sarah com perspectiva de andar ou não. Então você para pra pensar em muita coisa. Eu fui cadeirante muito tempo e você observa a vida de outra forma.
Ainda sobre o Tá no Ar ‘zoar’ a própria emissora, ele comemora: “A gente sempre acha que não vai ao ar, porque realmente falamos coisas que não eram permitidas. É muito legal e inteligente a empresa permitir agora isso”. Para Welder, ver o que vai pro ar é sempre uma surpresa. Ele esclarece que evita ao máximo ler os capítulos, pois gosta de ter a mesma sensação que as pessoas têm em casa (quando assistem pela primeira vez).
Por fim, Welder contou que a 6ª temporada também será crítica- mesmo em um cenário político diferente: “a gente agora tá com um governo conservador e vai ser interessante o país comparar um governo conservador com um progressista. E daqui quatro anos tem eleições de novo. Fica a dica”.
Carol Portes é um dos destaques femininos de “Tá no Ar”. Para a imprensa, a atriz contou que a 6ª temporada continua com a mesma pegada das outras, mas adiantou que uma novidade é que o elenco está gravando mais takes em que muitas atrizes e atores aparecem juntos em uma mesma cena. “Por incrível que pareça, o programa está com uma agilidade ainda maior”.
Carol também contou que está ansiosa porque nos próximos dias o elenco vai gravar uma paródia de “Carrossel”, e completou: “a gente passa mal de rir todos os dias”.
No camarim, conversamos com a atriz e ela nos contou como é a preparação para um personagem na série.
PIZZA: O elenco das novelas tem preparação com laboratórios e workshops antes de dar vida a um personagem durante toda a trama, enquanto aqui vocês têm que chegar e atuar em diferentes personagens. Pensando ainda na agilidade do texto, conta pra gente: como é sua preparação para atuar no Tá no Ar?
Essa pergunta é muito legal! É bom estar na 6ª temporada porque a gente já criou certa agilidade. Acho que tem uma coisa do nosso timing pra atuar, e tem a confiança da direção por ter escolhido a gente. É surreal a liberdade que eles nos dão! Um bom exemplo, de como a gente vai pegando o jeito, são os populares (aqueles personagens que aparecem no final de cada programa). Aquilo é basicamente uma criação quase que de momento. Pensamos em casa, claro, mas a gente não sabe qual figurino estará à disposição e nem o que a caracterização pensou. Quando chega aqui (Estúdios Globo) vem figurino, maquiagem… E a gente mistura aquilo tudo. Há poucos dias eu fiz uma cena dos populares em que achei que a fala da personagem era um pouco ‘hipster’. E aí eu coloquei uma franjinha, um batom vermelho, óculos. A figurinista me ajudou a compor a personagem! Isso é gostoso também. Já nas cenas maiores, ainda mais as de paródia, eu procuro me preparar melhor em casa, estudar quem vai ser homenageado etc.”
Recentemente, Danton Mello participou da “Dança dos Famosos”. Falando sobre a experiência, ele conta que valoriza muito o trabalho corporal e que conseguiu exercitar isso no quadro do Domingão do Faustão. Contudo, o ator lamenta ter participado da competição ao mesmo tempo em que gravava Tá no Ar, já que ele não se dedicou como gostaria de ter feito. Danton confessa que ficou surpreso quando percebeu, na internet, a grande torcida que ele tinha. “Quem sabe eu consigo conciliar essa experiência da dança com um musical, agora preciso fazer aula de canto”, concluiu rindo.
Danton concorda com a ideia de concluir o ciclo na 6ª temporada: “Eu acho bacana o pensamento de encerrar no auge e não deixar o programa se desgastar e virar mais um na grade. Então a gente encerra feliz”.
O ator contou que a nova temporada nem estreou e ele já realizou um desejo antigo: “Na 3ª temporada eu falei pro Adnet que eu gostaria muito de fazer um clipe e o que eu posso adiantar é que agora, na 6ª temporada, eu faço um! E é um clipe que eu acho que vai ser muito polêmico. É forte e foi incrível participar”.
Danton também falou sobre os vários gêneros e formatos de Tá no Ar: “é um programa que tem muita qualidade técnica. Um dia a gente faz uma sátira de ‘Game Of Thrones’, com uma super produção, e no outro a gente faz um programa mais tosco. Então dá muito trabalho. Gravamos de segunda a sábado, ficamos horas na caracterização- montando, desmontando- mas vale muito a pena”.
O ator contou o que o programa mudou na vida dele: “Como ator, o Tá no Ar me deu uma agilidade de cena muito grande. Eu chego aqui e a caracterização muda muito do que eu tinha planejado. Eu gosto de construir o personagem e aqui eu aprendi a construir na hora. Isso foi uma coisa que começou a ficar mais fácil pra mim a partir da terceira temporada”. Danton conta que é perfeccionista desde pequeno e que fazendo o Tá no Ar ele aprendeu a relaxar um pouquinho. “Eu não sei improvisar e sou um cara que não gosta de surpresas- o que acontece muito em Tá no Ar. Eu já tive várias crises de riso gravando. Quando foge um pouco do que estava programado eu perco a concentração. Admiro muito a agilidade dos humoristas. Eu não tenho essa agilidade, então não esperem de mim um improviso”, completa o ator.
Quando a imprensa questionou um possível projeto com o irmão Selton Mello, Danton comentou que eles continuam querendo trabalhar juntos, mas que como não fizeram isso até agora então eles esperam pelo projeto certo.
Sobre os próximos planos, ele adiantou: “Estou na próxima novela das 18h, Órfãos da Terra, e ‘tô’ muito feliz com o personagem- que é um delegado e também tem um Q de comédia. Em fevereiro já começo a gravar a novela, que deve estrear em abril”.
Renata Gaspar vive um momento agitado como atriz. Além de se destacar no elenco de “Tá no Ar”, ela também é uma das protagonistas da série “Pais de primeira”, exibida pela Rede Globo nas tardes de domingo.
A atriz conta que Pais de Primeira proporciona ao telespectador risada e emoção. Na vibe da série, que apresenta o gênero comédia romântica, Renata revelou que muitos de seus amigos estão se tornando mães e pais recentemente- inclusive a atriz Carol Portes (do elenco de Tá no Ar). Renata visitou a colega de elenco pra se infiltrar no cotidiano dela e pesquisar o universo materno.
Apesar de amar a experiência da série, a atriz, de 32 anos, confessa que decidiu não ter filhos: “As pessoas ficam meio assustadas”, ela fala sobre a escolha, e completa: “Em geral é um tabu, não é uma coisa que costuma ser questionável”. Ela ainda conta que certa vez deu uma entrevista comentando a escolha e, na mesma oportunidade, contou que namorava uma mulher. Quando a matéria saiu, o texto dizia que ela não teria filhos porque namora uma mulher. Sobre isso, ela é enfática: “isso não é verdade. As pessoas ainda rotulam muito e a gente tem que ficar desmistificando isso”.
Tratando da 6ª e aguardada temporada de “Tá no Ar”, Renata adianta: “O programa sempre vem com o pé na porta, a gente fala tudo na cara! A nova temporada vai continuar assim. Acho que a diferença é que na 6ª a gente também pensa em entregar uma leveza para as pessoas”.
Luana Martau falou sobre a forma que “Tá no Ar” trata as mulheres e aborda outras questões contemporâneas com tom crítico: “Durante as temporadas, a discussão sobre feminismo foi ficando cada vez mais comum na sociedade. Hoje em dia eu acho que tá muito mais claro que o feminismo é só uma questão de igualdade. E a gente já gravou muitas cenas criticando, por exemplo, propaganda de absorvente e de cerveja”. E completou: “Eu não sou comediante, eu sou uma atriz com um tempo de humor. Não sei se eu teria lugar no humor ‘antigo’”.
Questionada sobre a sua personagem favorita durante as temporadas, Luana explicou: “Eu não poderia eleger uma personagem só. Eu amo fazer os Populares (que são aqueles personagens que aparecem no final de cada programa, às vezes falando apenas uma palavra). Eu adoro fazer essas piadas de cinco segundos, são minhas favoritas. Mas eu posso dizer que a VJ da MTV foi muito legal de fazer, muita gente achou que eu era paulista de verdade e eu fiquei muito feliz. A moça do quadradinho também é muito divertida de gravar”.
Sobre projetos depois de Tá no Ar, Luana adiantou que estará na novela “Órfãos da Terra”. Ela está bem animada com a obra, pois acredita que as autoras, Duca Rachid e Thelma Guedes, sempre falam de temas importantes. Inclusive, Luana já trabalhou com as mesmas roteiristas em “Cordel Encantado”, novela que será reprisada no “Vale a Pena Ver de Novo” e que ela diz ser “muito especial”.
Verônica Debom, que se destacou nos palcos cariocas com a ótima peça “O Abacaxi”, continua um dos nomes do elenco de “Tá no Ar”.
Apesar de escrever desde pequena, foi através do texto de “O Abacaxi” que ela chamou a atenção das pessoas como autora. Depois da peça, Verônica já escreveu três produtos da Globo e com o fim de “Tá no Ar” já está comprometida com a redação de um novo programa da casa (contratada já com a direção de humor coordenada por Marcius Melhem). A atriz e roteirista pontua que o “Tá no Ar” foi essencial para ela como artista e como pessoa. Ela conta que a experiência proporcionou a ela, como atriz, a possibilidade de explorar muitas formas de humor e muitas linguagens em um só dia.
Na 6ª temporada do programa ela voltará a dar vida a personagens bem aceitos, como a que homenageia Christina Rocha (de “Casos de Família”). Além disso, Verônica adiantou que vai atuar na pele de uma Paquita.
Maurício Rizzo é a pessoa certa para fazer um balanço das cinco temporadas e ainda adiantar as novidades da 6ª, já que ele tem trabalho duplo em Tá no Ar: o de autor e o de ator. “Por ser a última temporada, é especial! A gente vai colocar no ar todo o nosso estilo, que é iconoclasta e muito nonsense. Com uma pitada de política, de crítica”, comenta o artista.
Sobre os vários gêneros e temas abordados pelo Tá no Ar, ele pontua: “a gente tenta sempre atirar para todos os lados, sem ficar perseguindo um só assunto. Para seguir a dinâmica do programa, é importante apresentar um painel variado de assuntos”.
“Estamos mais preocupado em retratar o nosso cotidiano do que em criticar alguém em específico. Mas o Brasil está em um momento de polarização e às vezes a gente vai acabar batendo em mais de um lado. Se isso acontecer, não citaremos nomes. Pra problematizar, a pessoa precisaria vestir a carapuça”, completa Rizzo.
O artista ainda falou um pouco sobre fazer parte da redação do programa. “É arrepiante quando você chega no estúdio e percebe que a sua ideia virou tudo aquilo. A gente escreve em grupo. Às vezes um começa escrevendo e o outro indica um formato melhor”, finaliza ele.
Com cinco temporadas de sucesso e mais uma chegando, Rizzo opina: “O segredo do nosso programa é contar o que de fato está acontecendo e brincar com isso. Se não tocamos em determinado assunto, então a gente está se alienando em algum nível”.
Tá no Ar chega à sexta e última temporada no dia 15 de janeiro.
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