Se você é fã dos livros de Veronica Roth e está indo para os cinemas disposto a encontrar uma sequência com a mesma receita do primeiro filme, pare agora! Abra sua mente e prepare-se para ver todos os ápices de Insurgente serem modificados e cercados exageradamente por efeitos especiais.

Desde que a divulgação de “A Série Divergente: Insurgente” começou, já deu para notar a diferença na produção do longa, o foco na tecnologia e a pegada futurística. Apesar de ficarmos ansiosos para conferir, também temíamos que pudesse sair dos trilhos, e não deu outra!

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O filme começa com Jeanine (Kate Winslet) declarando guerra aos Divergentes por toda a cidade de Chicago, enquanto sua equipe encontra na antiga casa dos Prior, uma Caixa de Pandora (é exatamente isso!), que só poderá ser aberta por um Divergente especial – e nós vamos dar uma medalha se você adivinhar quem é! Enquanto isso, Tris (Shailene Woodley), Quatro (Theo James), Caleb (Ansel Elgort) e Peter (Miles Teller) estão refugiados na Amizade, comandada por Johanna, interpretada por Octavia Spencer, que, só pra variar, arrasou em seu papel!

O doce novo lar não dura muito, após uma vistoria, na qual são denunciados por Peter, Tris, Quatro e Caleb se veem obrigados a fugir de lá. É aí que a ação começa e não para mais! De cabelos mais curtos, Tris está disposta a matar Jeanine e acabar com toda essa guerra, mas quem não gosta muito da ideia é seu Irmão Judas, digo, Caleb, que se diz incapaz de seguir os planos do casal, abandonado os dois.

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Naomi Watts se junta ao elenco como Evelyn. A mãe “falecida” de Quatro agora é líder dos Sem-Facção e também não medirá esforços para tirar o controle de Jeanine, mesmo que ela tenha que sacrificar alguém, já que sua revolta com o sistema vai muito além do tratamento desumano com o seu povo.

Enquanto tudo isso acontece, Tris ainda tem que lidar com os fantasmas em sua mente de todos aqueles que morreram, inclusive de seu amigo Will, que ela mesma matou e é forçada a admitir após tomar o Soro da Verdade na passagem pela Franqueza. Um dos pontos positivos dessa sequência é que as facções não tão exploradas em “Divergente”, ganharam um destaque especial.

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Cansada de fugir e colocar todos que ama em risco, Tris decide se entregar e foge. Analisada e classificada como 100% Divegente (?) Jeanine fará com que ela passe por uma simulação, na qual deverá se encaixar nas cinco facções do sistema para que a Caixa de Pandora de abra. Mas… Tris só é apta a Abnegação, Audácia e Erudição, alguém pode rever esse roteiro, por favor? Caleb, o traidor que voltou para a Erudição, ajudará a loira a arrancar tudo o que pode de sua irmã.

Após Tris ter poupado sua vida, Peter arma contra a Erudição para ajudá-la e fazer com que ela pareça morta depois da simulação, causando a revolta de Jeanine e o clima perfeito para que todo o exército dos rebeldes e sem-facção invadam a sede. Tris ainda quer saber o que há dentro da caixa que sua família protegia, e após concluir os testes referentes a todas as facções e lutar contra si mesma, é revelado um holograma que diz que os Divergentes são o verdadeiro propósito do experimento que cerca Chicago após a guerra, e que há muito mais fora da cerca! Empolgante, já podemos ir para o terceiro filme?

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No geral, Insurgente é um filme muito bem produzido, com uma ótima fotografia e um roteiro de tirar o fôlego, mas pra quem espera uma adaptação fiel da obra pode ser uma grande decepção. As cenas principais estão presentes cercadas com explosões e até substituições de personagens só para criar aquele clima a mais. Os grandes nomes do cinema americano que se juntaram ao elenco são bem explorados, enquanto os jovens tiveram apenas uma fala e podem ser facilmente esquecidos. A trilha sonora não chega nem perto da empolgante narração do primeiro longa. Modificado minuciosamente e recheado de efeitos especiais para conquistar não só os fãs da série, mas expandir o público em geral, no final, “A Série Divergente: Insurgente” acaba valendo a pena, deixando a esperança de duas novas superproduções para “A Série Divergente: Convergente” Parte 1 e 2.

E você, já assistiu? Conta pra gente o que achou!