Depois de uma longa e ansiosa espera, finalmente o grande desfecho da saga de Katniss Everdeen chegou às telonas! O lançamento mais esperado do ano depois do novo Star Wars, “Jogos Vorazes: A Esperança – O Final” estreou em cinemas brasileiros nesta última quarta-feira (18), tirando vários jovens de casa para conferir o fim da Capital e do presidente Snow. Mas será que esse fim valeu a pena?
Em 2 horas e 17 minutos, o incrível diretor Francis Lawrence, mostra que SIM, definitivamente valeu, conseguindo nos deixar naquele clima de tensão, focando principalmente em cenários pós-apocalíptico – o que pode ser proposital por conta do 3D – e na fotografia, sendo ela a verdadeira estrela das cenas.
No enredo, os habitantes de Panem passam por momentos complicados desde o fim dos primeiros jogos. A grande heroína da nação, Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), têm a responsabilidade em suas mãos de salvar o povo, ou pelo menos de ser o símbolo dessa salvação. Mas Katniss não se contenta apenas em atuar por baixo dos panos e acaba indo para a capital, criando uma resistência com um grupo de amigos próximos chamada de “Esquadrão 451”, e formada por Gale (Liam Hemsworth), Finnick (Sam Claflin), Peeta (Josh Hutcherson) entre outros, para acabar com Snow (Donald Sutherland).
No desenrolar da trama, grandes personagens dos filmes anteriores se tornam coadjuvantes, deixando o foco para Katniss e a Capital. Estão ali quase que apenas para que possamos nos despedir. O Esquadrão 451 começa então correr atrás do seu objetivo: assassinar o grande líder, que fica cada vez mais obcecado em destruir o tordo.
Ao chegar a hora de executar o plano, o ritmo do filme muda totalmente, deixando seu início lento de lado para dar lugar a várias cenas em sequência de ação que criam uma tensão calculada. O momento principal de toda a história, porém, acontece de um jeito óbvio. Algumas mortes, mesmo para quem não leu os livros, não chocam.
Os dois filmes anteriores tinham uma carga de emoção, marcada não só pelas brilhantes atuações, como pela trilha sonora. Ao contrário de seus antecessores, o novo longa traz o foco na ação, talvez para valorizar os poucos momentos emocionantes. Não funcionou tão bem. Tem emoção, tem ação, mas a não ser que você seja um grande fã, não vai se arrepiar com alguma cena, como acontece quando ouvimos Jennifer Lawrence entoar os versos da canção “A Árvore Forca” em Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1. Mas a menina continua dando um show de interpretação, e mesmo sem as ajudinhas sonoras e de edição, nós sentimos junto com Katniss as angustias e alegrias de cada momento.
No geral a saga, ao longo de seus quatro filmes, teve alguns erros e muitos acertos. Mas apesar de qualquer coisa, conseguiu algo que poucas adaptações conseguem: uma altíssima fidelidade – na medida do possível – à obra escrita. Por isso, podemos falar sem medo que Jogos Vorazes pode até não ser o melhor e mais épicos dos livros, mas com certeza seus filmes ficarão para a história.
Jogos Vorazes: A Esperança – O Final é um bom filme e conclui bem a história da menina pobre que se tornou “O Tordo” e mudou o mundo. Se você é fã, com certeza vai se deliciar e chorar um pouquinho. Se não é, não importa, também será tocado de alguma forma. E se ainda não assistiu nenhum filme da saga, tá mais do que na hora. Afinal, a obra atinge a todos nós, é bem feita e bem produzida e em um momento como o que vivemos, com atentados e guerras se espalhando, quem sabe não devamos aprender algumas liçõezinhas, hein?!
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