Cinderela era um remake que dividia opiniões antes do seu lançamento. Os trailers e toda a divulgação mostravam que seria mais do mesmo, ou seja, mesma história, mesmas personagens, mesmo clímax e mesma conclusão. Por outro lado, apesar de todos os clichês possivelmente recicláveis, o filme já aparentava um visual incrível e deslumbrante. Efeitos especiais, cenários e figurinos prometiam encher nossos olhos e seriam capazes de nos despertar a vontade de conferir à adaptação mesmo já conhecendo o enredo de cabo a rabo. Acontece que, dadas experiências como Alice no País das Maravilhas e Malévola, a dona Disney é conhecida por realmente adaptar, não só recontar o clássico. E apesar de parecer que é o mesmo conto mais uma vez, essa aposta do estúdio acertou e nos dá uma impressão muito melhor se comparada à da animação!
Esse é o remake da Disney que menos alterou coisas até agora: a Fada Madrinha não é um fantasma da família, o baile não foi um sonho da protagonista, a Madrasta não é boazinha e enfim, qualquer mudança drástica no rumo dos acontecimentos já conhecidos foi dispensado, o grupo se preocupou com a fidelidade no desenvolvimento. As verdadeiras alterações se dão no começo e no final do roteiro. Primeiro ponto positivo: a vida de Cinderela antes de “Cinderela”.
O filme começa nos apresentando uma doce bebê chamada Ella, criança que cresce cercada de amor e alegria com seus pais, diferente do desenho animado de 1950 que não mostra praticamente nenhuma interação feliz da protagonista com sua mãe ou pai. Lá, ela já começava na vida escrava! Aqui, tem essa introdução dos doces e divertidos momentos que ela tinha, da chegada da Madrasta, de como tudo mudou drasticamente quando o pai de Ella morreu, até o momento em que a pobre moça é apelidada de forma humilhante pelas meio-irmãs. Esse adendo recheou bem o conto.
Descubra como as ‘adoráveis’ irmãs de Ella criaram o nome #Cinderela! 26 de março nos cinemas.
Posted by Walt Disney Studios on Segunda, 16 de março de 2015
Os efeitos especiais são um espetáculo, e o melhor é que eles não se fazem tão massantes como foi em Alice ou Malévola, por exemplo. Adeus, tela verde do chroma key! Os efeitos só começam a aparecer mesmo com a chegada da Fada Madrinha de Helena Bonham Carter. Aliás, na pressa de arrumar Cinderela para o baile, Helena consegue incrementar um caráter meio engraçado nesse meio tempo, mais um bônus para a história. Bom, os efeitos: eles se resumem a carruagem, à transformação dos animais e à consultoria de moda da Madrinha. Isso trouxe menos gastos para a empresa, uma impressão mais real num todo e cenas que marcam mais presença.
“Apesar de conhecerem a história, sentirão que estão vendo pela primeira vez” – Helena Bonham Carter, a Fada Madrinha!
Posted by Walt Disney Studios on Sábado, 21 de março de 2015
A escolha de atores foi sem dúvida muito marcante. E parece que virou costume usar atores super famosos e experientes para interpretar o vilão da trama. Primeiro, Helena, que aqui faz a madame da varinha de condão, já fez a Rainha Vermelha. Angelina Jolie deu vida à fada com chifres de A Bela Adormecida. Agora, por fim, Cate Blanchett, conhecida por papéis incríveis e uma grande beleza, vem interpretar a Madrasta Má.
Ela se opõe a papéis de seu currículo, como o de Galadriel, em O Senhor dos Anéis, e mostra seu potencial na atuação: a profundidade que ela usou lá para uma bondade misteriosa, ela usa desta vez para o cinismo descarado. Mas ela não rouba a cena sozinha: Lily James captura todo o caráter gentil e delicado da princesa, sua química com Richard Madden é ótima e até as implicantes meio-irmãs (Holliday Grainger e Sophie McShera) incrementam esse time de primeira.
“Eu queria explorar o que torna alguém cruel”- Cate Blanchett, sobre a Madrasta má, em #Cinderela. 26 de março nos cinemas.
Posted by Walt Disney Studios on Terça, 3 de março de 2015
Por fim, como seria a nova conclusão de Cinderela? Depois que um teaser mostrou a Madrasta quebrando um dos sapatinhos de cristal que a Gata Borralheira tinha guardado, sabíamos que uma reviravolta tomaria frente na etapa final do filme. E aí você pensa em três coisas:
- 1 – Será mesmo que diante daquele grande reino, nenhuma mulher – nem uma sequer! – teria o mesmo número de calçado da Cinderela? Quer dizer, se a Fada Madrinha tivesse soltado alguma coisa como “O sapatinho sempre se reajustará no pé de outras que tentarem calçá-lo, servirá apenas no seu pé” ou parecido, mas não: ninguém tem o pézinho de princesa 35/36 da loira.
- 2 – Será mesmo que o Príncipe não reconheceria Cinderela só de olhar pra ela? Então se uma ruiva baixinha conseguisse calçar o sapatinho, ele a aceitaria como sua esposa de boa?
- 2 – Por que Cinderela não foi visitar o príncipe no dia seguinte? Ela também achou que ele não a reconheceria?! Existe algum ditado que diz “Quem nasceu Príncipe jamais será porteiro” ou algo do tipo?
Bom, a questão é que o final consegue surpreender. O desenrolar é diferente do da animação também e até melhor desenvolvido, mas mesmo assim, ficou a sensação de um ingrediente faltando… Faltou sal no clímax em si.
Não se esqueçam que antes do filme começar, tem a exibição de Frozen: Febre Congelante. O curta tem apenas 7 minutos, infelizmente, e flui rápido demais até. A história não é ousada e é acompanhada por música praticamente o tempo inteiro, então, não esperem demais. A intenção dele foi chamar mais gente para o longa-metragem depois e brincar outra vez com as personagens. É um curta divertido.
Confira o novo trailer de Frozen: Febre Congelante! 26 de março nos cinemas com Cinderela.
Posted by Walt Disney Studios on Quarta, 25 de fevereiro de 2015
Cinderela vai encantar a velha e a nova geração. Não é perfeito, claro. O gato Lúcifer só leva o nome malvado mesmo, porque aprontar pra cima da Gata Borralheira que é bom, nada! Faltou um final mais empolgante e quem sabe um 3D pudesse ter sido bem utilizado. Mas no fim das contas, o filme cumpre sua promessa e prova a importância da gentileza e da coragem, sem fazer da protagonista uma completa boboca e reforça a velha mensagem de que os sonhos podem sim se tornar realidade.
Uma noite pode mudar tudo… #Cinderela 26 de março nos cinemas!
Posted by Walt Disney Studios on Domingo, 15 de março de 2015
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