O contrato de US$ 5 milhões para que Tim Burton (“Grandes Olhos”) dirigisse “Superman Lives“, longa metragem sobre o Homem de Aço da DC Comics que traria Nicolas Cage (“Caça às Bruxas”) na pele do super-herói por US$ 20 milhões, em 1998, possuía uma cláusula que garantia o pagamento mesmo que o filme fosse cancelado.
Sorte a dele, pois foi cancelado poucos dias antes da gravação.
Mesmo tendo gasto US$ 30 milhões depois de um ano de pré-produção com o filme, o tão esperado não vingou. O filme seria lançado no verão daquele ano, para comemorar o 60º aniversário do super-herói nos quadrinhos.
Mas, o que aconteceu?
Financiado através do Kickstater, o documentário “The Death of “Superman Lives”: What Happened?” (Jon Schnepp), que será lançado em forma de vídeo on demand nos EUA, conversa com quase todos os profissionais que estiveram envolvidos no projeto e busca respostas que justifiquem seu cancelamento pela Warner. A única exceção parece ser Cage. As imagens vão além do backstage e mostram testes do uniforme do herói: alguns de cores diferentes e até robóticos.
“Eu basicamente joguei fora um ano. Um ano é muito tempo para trabalhar com alguém com quem você não quer trabalhar.”, conta Burton, sobre as diversas discussões que teve com o produtor Jon Peters e a própria Warner.
No roteiro, o vilão Brainiak (que também deve ser o principal antagonista no filme da Liga da Justiça) – quase interpretado por Jim Carrey (“Debi e Loide 2”) e Gary Oldman (“Crimes Ocultos”) – é um robô inteligente que não deixa fácil para o protagonista nos quadrinhos: Super-Homem morre em uma batalha contra o Apocalipse – que tirou a vida do herói nos quadrinhos – mas ressuscita. Até Lex Luthor e Batman teriam uma participação importante no filme! O longa ainda mostraria a máquina Erradicador, uma espécie de aranha gigante biomecânica, que também poderia se transformar em uma armadura para Superman.
Sim, Peters e Burton começaram a criar seu próprio roteiro, modificando drasticamente o personagem, como alterando o seu uniforme, não permitindo que ele voasse – pois achavam que os efeitos eram ruins – e inclusão de poderes elétricos, o que startou as brigas com os produtores.“Um Superman sem uniforme, sem voar… e uma aranha gigante no terceiro ato… Kevin Smith [o roteirista do filme] ainda foi capaz de incluir dois ursos polares”, disse Mohr sobre o enredo, que teve alguns elementos cortados pela Warner e alterado diversas vezes antes de engavetarem o projeto. O orçamento, inicialmente de US$ 190 milhões, se transformou em US$ 100 milhões pelo roteirista Dan Gilroy com tantas mudanças.
O desenrolar da história, só assistindo ao documentário, mesmo.
The Death of Superman Lives: What Happened? estará disponível online a partir de 9 de julho, depois de sua estréia na Comic Con San Diego.
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