No dia 13 de Julho, comemoramos o Dia Mundial do Rock. A data, celebrada anualmente, foi escolhida em homenagem ao Live Aid, evento que aconteceu 1985, onde Phil Collins desejou que aquele fosse considerado o dia que nomeia o dia. O objetivo principal dos concertos era o fim da fome na Etiópia e contou com outros grandes artistas do gênero, como Paul McCartney, Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood, Elton John, Queen, The Who, Led Zeppelin, Eric Clapton, Black Sabbath e David Bowie. A data também celebra o dia da formação do grupo The Rolling Stones, formado em 1962. Nós, do Pizza de Ontem, separamos os 8 melhores filmes que transpiram o rock para comemorarmos este dia com muita atitude. Confira!
Para quem é fã das músicas dos Beatles, este filme é um must see. O longa – dirigido por Julie Taylor, com Jim Sturgess (Jude) e Evan Rachel Woods (Lucy) como protagonistas – se passa nos anos 1960, retratando as lutas e guerras que ambientavam a época do quarteto de Liverpool, tanto nos EUA quanto em Londres. Os atores cantam e interpretam os grandes sucessos da banda, contextualizados com a história do filme, com participações especiais de Bono (U2), Joe Cocker e Salma Hayek. O longa começa em Liverpool, onde o inglês Jude decide partir para os EUA para conhecer seu pai, se esbarrando com Max (Joe Anderson), um estudante rebelde que se torna seu melhor amigo. Jude apaixona-se pela sua irmã, Lucy, que acaba se envolvendo com emergentes movimentos de contra-cultura, da psicodelia aos protestos contra a Guerra do Vietnã. Os nomes de todos os personagens foram retirados de canções dos Beatles e há referências a Jimi Hendrix e Janis Joplin em Jojo e Sadie!
Engana-se quem acha que Rock n’ Roll é feito apenas de bandas masculinas e The Runaways prova isto! O filme conta a história da primeira banda feminina de sucesso do gênero, focando, principalmente, na guitarrista Joan Jett (criadora do famoso single “I Love Rock n’ Roll”) e na vocalista Cherie Currie, na década de 70. O grupo, formado também pela baterista Sandy West, a guitarrista Lita Ford e a baixista Jackie Fox, permaneceu na mídia durante apenas quatro anos mas fizeram história suficiente para terem o seu próprio filme. O roteiro foi adaptado do livro “Neon Angel: A Memoir of a Runaway”, escrito por Cherie. Estrelado por Dakota Fanning (Currie) e Kristen Stewart (Joan), o longa descreve a formação da banda em 1975 até a saída de uma importante integrante. A baixista Robin é um personagem fictício, substituindo Jackie Fox, a qual se recusou a ceder os direitos de aparição no filme. Jett trabalhou esteve por trás como produtora executiva.
Imagina se você tivesse uma aula de Rock no lugar da matéria que você mais odeia? Este filme dá, literalmente, uma aula sobre o gênero! Escola de Rock, estrelado por Jack Black, gira em torno de Dewey Finn, um cantor e guitarrista de rock que é demitido de sua banda fictícia, No Vacancy. Finn se disfarça como professor substituto em uma escola preparatória e passa a ensinar, escondido, sobre rock para os pequenos, formando uma banda com os alunos da quinta série do ensino fundamental a fim de vencer a Batalha de Bandas e conseguir pagar o seu aluguel. O filme é uma referência ao outro longa “Sociedade dos Poetas Mortos”, mostrando um professor com pensamentos revolucionários em uma escola conservadora, e mostra que há um pouco de rock n’ roll dentro de cada um.
Como seria a vida nos backstages das bandas de rock? Quase Famosos mostra o que se passa por trás dos palcos durante as turnês no cenário do rock dos anos 70, contando a história de um rapaz de 15 anos que consegue o trabalho dos sonhos na famosa revista americana Rolling Stone, para acompanhar a banda (fictícia) Stillwater em sua primeira excursão pelos Estados Unidos. Quanto mais ele vai se envolvendo com a banda, mais vai perdendo a objetividade de seu trabalho e logo estará fazendo parte do cenário rock da década, com diversas groupies, como Penny Lane (Kate Hudson), sexo, drogas e, claro, muito rock n’ roll, mostrando todo o glamour de fazer parte de uma banda de rock. O filme é semiautobiográfico, uma vez que o diretor Cameron Crowe, quando adolescente, também escreveu para a revista e acompanhou parte da turnê da banda Led Zeppelin. Para criar a Stillwater, o Crowe misturou três grupos que adorava: Led Zeppelin, The Allman Brothers Band e Lynyrd Skynyrd. Penny Lane realmente existiu – inspirada em Bebe Buell, famosa groupie que namorou vários astros do rock e mãe de Liv Tyler, com Steven Tyler (Aerosmith) – e foi uma das primeiras paixões do diretor em sua juventude.
Não podemos falar de rock n’ roll sem citar um dos maiores eventos que já existiu, o Woodstock. Representando toda a psicodelia e liberdade dos anos 60, “Aconteceu em Woodstock” conta como o festival – realizado entre os dias 15 e 18 de agosto de 1969 nos Estados Unidos, anunciado como uma “Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música ” – que contou com grandes artistas como Santana, Janis Joplin, The Who, Jefferson Airplane, Joe Cocker e Jimi Hendrix, foi criado. O roteiro escrito por James Schamus é baseado no livro de memórias “Taking Woodstock: A True Story of a Riot, a Concert & a Life”, de Elliot Tiber e Tom Monte. Vivendo como designer de interiores em Nova York, Elliot se sente empolgado pelo movimento dos direitos gays mas, ao mesmo tempo, está preso ao negócio da família, o hotel El Monaco. Quando este é ameaçado de despejo por conta das dívidas, ele oferece a área para promover um show de rock e arrecadar dinheiro – tendo em vista que um festival de música e artes que aconteceria em uma cidade vizinha perdeu a licença para a sua realização -, mas não imaginava as enormes proporções que o festival teria, com mais de meio milhão de espectadores e 32 músicos. O longa, que é baseado em uma história real, ainda conta com a participação de Emile Hirsh (“Na Natureza Selvagem”), no papel de Billy.
Sabe aquela música chiclete “That Thing You Do”? Pois bem, os donos do famoso refrão são da banda The Wonders, protagonistas do filme “O Sonho Não Acabou”. O longa se passa em 1964, após o sucesso dos Beatles nos Estados Unidos e mostra os primeiros passos de uma banda americana antes do sucesso. O contexto histórico inclui uma resposta estadunidense para a Invasão Britânica. Nomeados inicialmente como Oneders, os Wonders, às vésperas de uma apresentação de calouros, perde o seu baterista por conta de uma quebra de braço, sendo substituído em cima da hora por um jovem que trabalhava na loja de eletrodomésticos da família. Este, durante a apresentação, mostra uma batida mais ritmada no que deveria ser uma balada, causando o descontentamento do vocalista e compositor Johnathon Schaech, mas trazendo à tona o que viria a ser sucesso nacional, levando o grupo aos primeiros lugares da Billboard. O que muitos não sabem é que a banda em questão é fictícia, criada pelo então roteirista, diretor e ator do longa Tom Hanks. O hit foi escrito e composto por Adam Schlesinger, baixista dos grupos Fountains of Wayne e Ivy, chegando, realmente, no Billboard Hot 100. A trilha sonora do filme foi indicada para o Globo de Ouro em 1996 e para o Oscar como Melhor Canção Original.
Jim Morrison, a voz e a alma do The Doors e uma das mais sensuais figuras da história do rock, levou uma vida conturbada no mundo do rock n’ roll, onde as drogas, o sexo e os problemas com a polícia americana reinavam em excesso. A banda que marcou várias gerações, sendo uma das mais influentes dos anos 60, protagoniza este longa eletrizante sobre a ascensão da mesma e terminando com a morte do mito e poeta disfarçado na pele de um astro de rock, Jim Morrison, em Paris, cuja frase do epílogo deixa a certeza das causas em aberto. Realizado por Oliver Stone, com Val Kilmer no papel de Morrison, o filme mostra toda a rebeldia e repressão policial da época. Antes mesmo de fazer seu teste para o personagem, Val Kilmer memorizou as letras de todas as músicas compostas por Jim, como “Light My Fire”, e enviou ao diretor um vídeo com a sua performance. Além disso, teve que usar lentes de contato especiais nas cenas em que Morrison estava sob o efeito de drogas, para que suas pupilas ficassem dilatadas. The Doors é considerado um dos melhores trabalhos do ator.
Já contamos sobre o surgimento de diversas bandas e festivais, mas como seria a decadência de um músico? Pink Floyd The Wall é um live-action/animação musical baseado no álbum The Wall, da banda Pink Floyd. O roteiro, escrito pelo vocalista e baixista da banda, Roger Waters, não possui diálogos convencionais para o progresso da narrativa, sendo mais metafórico e movido pelas músicas do álbum. O músico e ator Bob Geldof, da banda The Boomtown Rats, interpreta o frustrado roqueiro Pink, que leva uma vida com muitos shows, drogas e aplausos. Uma mistura de tempo e lugar, realidade e pesadelo, quando entramos nas memórias dolorosas de Pink, cada uma um “tijolo” no muro em que ele tem gradualmente construído em torno de seus sentimentos, nos faz entender a badtrip que se passa no músico. Apenas duas músicas são realmente cantadas: “Stop” e “In The Flesh”, enquanto as outras são versões de estúdio do álbum, o que não faz do longa um musical. Numa visão geral, a queda de um músico, incluindo a depressão e o abuso de alucinógenos são o tema central do filme.
CATUPIRY EXTRA
Dark Side of The Rainbow foi o nome dado ao efeito criado ao tocar o conceitual álbum do Pink Floyd, The Dark Side of the Moon, simultaneamente com o filme “O Mágico de Oz” (1939). Há diversos momentos em que uma obra corresponde a outra, tanto nas letras das músicas quanto na sincronia áudio-visual. Os fãs já conseguiram compilar mais de 100 momentos, incluindo algumas quando o disco é repetido: o verso “balanced on the biggest wave” (balançando na maior das ondas) é cantado enquanto Dorothy balança em cima de um muro; as batidas de coração ressoam enquanto Dorothy encosta seu ouvido no peito do Homem de Lata, dentre outras que valem a pena conferir ao som do belo rock do Pink Floyd:
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