Arrecadar dinheiro com a criação de remakes tem se tornado uma pratica cada vez mais comum no mundo do cinema. Usar ideias que gênios do passado que conseguiram criar grandes clássicos pode parecer bem mais fácil do que usar a própria cabeça. Talvez seja a preguiça de se criar uma história nova, falta de criatividade ou a falta de vergonha na cara de ficar recriando ideias dos outros, rs.

A avidez por lucro é tão grande que acabamos vendo anormalidades, como “O Expetacular Homem Aranha”, uma nova versão do herói, pouco mais de 10 anos entre suas exibições e nos deixando com a sensação de “eu já não vi isso”. Apesar de o filme agradar, mostra a decadência da criatividade.

Às vezes alguns remakes conseguem ser mais interessantes que a obra original. Caso de Planeta dos Macacos, de Tim Burton, que usou da tecnologia da época para retratar um clássico e fazer o requisito na hora de assistir um macaco falar.

No geral, contudo, a falta de criatividade vem prejudicando o cinema como um todo. Roteiros originais não têm ganhado a produção que merecem se não forem de diretores já renomados, o que acaba gerando um ciclo vicioso: remakes rendem mais, são mais fáceis, geram mais publico, acaba se investindo mais neles, diminuindo ainda mais as apostas. Por isso o Pizza decreta, precisamos de um gênio do cinema Now! Se não o que faremos quando Tim Burton, Woody Allen e Cia forem para o além?

Abaixo você confere alguns dos remakes que cansaram nossa beleza:

Carrie, a estranha

Carrie já vai para o seu segundo remake. Um filme muito interessante que na época de lançamento arrancou gritos horripilantes do telespectador, hoje, no entanto, nos faz pensar no quão patéticas são tais cenas.

O filme original, lançado em 1976, ganhou um remake do mesmo nome em 2002 e ganhará mais um em 2013, com a atriz Chloe Moretz. Realmente uma overdose de remakes.
Psicose

Seria idiotice pensar em fazer remake de um dos melhores filmes de Alfred Hitchcock. Idiotice que se tornou realidade. Uma realidade nada boa igualada a incrível história e a sensação de suspense que só Hitchcock conseguiu nos fazer sentir.

O remake de Psicose, lançado em 1998 foi um a ideia mais absurda que alguém já teve. Sua única vantagem é a sonorização, mas levando em consideração que naquela época Hitchcock não dispunha dos recursos tecnológicos apresentados hoje e ainda assim faz um ótimo trabalho, nem é tão vantagem assim.

Lançado em 1960, o original Psicose ainda hoje é bem abordado e muito bem criticado por especialistas do cinema. Se você nunca assistiu, vale a pena, mas cuidado na hora do banho.

O Massacre da Serra Elétrica

Ao comparar o remake com o original só encontramos uma diferença: o elenco não era considerando “bonitinho”. No remake, foi abordado o que chamamos de “tá na moda”. Naquela época, colocar atores jovens e bonitos atraia o público tanto masculino como feminino e sendo assim não deixando nenhum mérito para o personagem.

Se for parar pra analisar, o Massacre da Serra Elétrica tem vários filmes lançados. Veja abaixo todos os títulos e seus respectivos diretores:

  • O Massacre da Serra Elétrica (1974) – Tobe Hooper
  • O Massacre da Serra Elétrica 2 (1986) – Tobe Hooper
  • O Massacre da Serra Elétrica 3 – O Massacre Final (1988) – Fred Olen Ray
  • O Massacre da Serra Elétrica 3 (1990) – Jeff Burr
  • O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno (1994) – Kim Henkel
  • O Massacre da Serra Elétrica (2003) – Marcus Nispel
  • O Massacre da Serra Elétrica – O Início (2006) – Jonathan Liebesman
  • O Massacre da Serra Elétrica 3D (2013) – John Luessenhop

Se simplesmente esses oito filmes tivessem uma história criativa seria interessante. Mas seria castigo ter que assistir todos eles com a mesma história e sabendo que a mocinha bonita vai sobreviver no final.

Museu de Cera

O remake lançado em 2005 (A Casa de Cera), da obra original do mestre do terror Vincent Price foi até bem executado. Podemos ver a gritaria, o corre-corre e sangue para todo lado como no original e algumas cenas extras, desnecessárias, é verdade, mas que atraem o público.
A primeira cena de terror é quando o telespectador vê o nome de Paris Hilton escrito no pôster. O trabalho da socialite como atriz não é não é lá muito “assistível”, mas rende boas (ou não) cenas de safadeza.

Muita tecnologia foi usada no remake, principalmente nos momentos finais, o roteiro, no entanto, se manteve bem fiel. Ao menos na história como um todo.

O Chamado

Muita gente não sabe, mas “O Chamado”, de 2002, foi um remake. O original, chamado “Ring: O Chamado”, é japonês e foi bem elaborado pelos diretores. Foram necessárias muitas mudanças para adaptar o remake ao ocidente. Os nomes de todos os personagens foram alterados: Samara Morgan, por exemplo, no original se chama Sadako. O filme se tornou um clássico do cinema e um verdadeiro sucesso. Mas ficamos com a dúvida: será que teria superado seu antecessor se este também tivesse vindo de Hollywood?